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Apaixonado pelo mundo do vinho ainda quando criança, bebendo vinho misturado com água e açúcar. Que belo refresco! O guia leve esta nome em homenagem a Bartolameo Menoncin, meu bisavô, um dos mais importantes produtores de uvas finas da época. De formação técnica em enologia pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Bento Gonçalves e sommelieria pela FISAR (Federazione Italiana Sommelier Albergatori Ristoratori), além dos cursos de 'Fundation Certificate in Wines' pela WSET (Wine & Spirit Education Trust) e de especialização no Piemonte – Itália pela ICIF (Italian Culinary Institute For Foreigners) - FISAR - Europe Accademy For Education. Em 2011 recebi o prêmio de melhor enólogo e sommelier de Caxias do Sul pelo Guia Divina Cozinha Top 2011.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Decanter

Decanter, um acessório que esta cada vez mais em uso. Será por charme ou realmente é um acessório que melhora a qualidade dos vinhos que abrimos?
Antes de qualquer coisa temos que ter em mente o que é um decanter para depois termos conhecimento de suas funções e suas formas de uso.
Apesar de termos vários tipos de decanteres, ele nada mais é que uma jarra de vidro ou cristal com fundo largo e boca mais fechada. Estas formas e medidas não são exatas, varia de cada modelo ou fabricante porem, os mais usuais possuem este formato citado acima.
Este fundo mais largo permite que os vinhos tenham mais contato com o oxigênio provocando assim um micro-oxigenação melhorando a qualidade dos aromas tanto dos vinhos jovens quanto dos vinhos mais velhos.
Podemos citar duas formas de utilizarmos o decanter.

Para vinhos mais jovens estaremos fazendo a aeração que consiste em abrirmos o vinho e coloca-lo diretamente no decanter sem muita preocupação. Isso porque vinhos com menos de 10 anos geralmente não possuem sedimento, são vinhos ricos em aromas primários, possuem muito aroma de frutas e sendo assim a aeração através do contato com o oxigeno provoca esta micro-oxigenação fazendo com que estes aromas se transformem em aromas mais elegantes e complexos, alem de termos uma percepção de álcool menor também em função desta micro-oxigenação.

Já para vinhos com mais de 10 anos de idade a preocupação aumenta em função do possível sedimento que possa ter no fundo da garrafa, isso claro se a garrafa estiver de pé. Neste caso estaremos fazendo a decantação, como o nome já diz, fazermos a separação dos sedimentos que possam ter junto ao vinho. Nestes casos temos que ter muito cuidado desde a abertura da garrafa, devemos movimenta-la o menos possível para evitar que seus sedimentos se misturem ao vinho. Após a abertura devemos novamente ter o cuidado de os sedimentos não se misturem ao vinho. Para isso temos que coloca-lo no decanter com muito cuidado, lentamente, sempre observando o vinho que vai entrando no decanter se este está límpido. Quando o vinho estiver no final, temos que redobrar a atenção observar o momento em que o deposito aparece, neste momento interrompemos a entrada do vinho do decanter, fazendo assim a separação dos sedimentos.
Normalmente resta na garrafa algo em torno dos 50ml, é melhor perdermos este volume do que perdermos o vinho todo, pois estes depósitos se misturados ao vinho, este se torna turvo, alterando sua característica de cor, limpidez e principalmente por possuir aromas desagradáveis que podem comprometer o vinho como um todo. Nos vinhos mais antigos os aromas iniciais são muito fechados, alguns até desagradáveis e que com a decantação melhoram e tornam-se vinhos inesquecíveis, porem muito cuidado, não deixe vinhos velhos por muito tempo no decanter, por serem mais frágeis seus aromas volatilizam mais rapidamente.
Estas são as duas formas usuais deste acessório que como comentamos anteriormente vem sendo utilizado cada vez mais nas mesas dos restaurantes e até mesmo em nossas casas. Onde temos mais tempo para observar as mudanças que ocorrem nos vinhos aerados e decantados.

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